22 de out. de 2011

Time - O Amor Contra a Passagem do Tempo (2006)

Título Original: Shi Gan
Ano: 2006
País: Coréia do Sul, Japão
Diretor: Kim Ki-duk
Gênero: Drama
Elenco: Ha Jung-Woo, Park Ji-Yeon, Kim Sung-Min, Seo Yeong-Hwa

Opinião:
Pesquisando melhor sobre Kim Ki-duk, descobrimos que ele tem formação em pintura e que começou a se interessar por Cinema em Paris, onde morou por algum tempo e sobreviveu vendendo seus quadros. Eis uma informação bastante óbvia e que explica objetivamente a força que as imagens ganham nos filmes desse cineasta, ou seja, ele também entende da sétima arte sob outro ponto de vista artístico, além de ser o próprio roteirista de suas obras; participando no passado de alguns concursos de roteiro e sendo muito notório entre os candidatos.

Quem assistiu os anteriores de Ki-duk, como “Primavera, Verão...”, “Casa Vazia”, “O Arco” (inclusive esse que gerou uma grande controvérsia entre os críticos, que chegaram a questionar a sua qualidade de diretor), poderá sentir uma diferença na forma de conduzir a trama em “Shi Gan”, por ser um tanto menos incomum e mais agradável para a maioria, por ser mais tolerável e comercial que os outros.

Aliás, “comercial” não é bem a combinação certa para o Cinema anticonvencional do Kim, pois em “Time” ele mantêm as suas singularidades que o prestigiaram, mas também apresenta diferenças, versatilidade de sua parte. Exemplo simplório disso é a fusão do impacto visual com os diálogos agressivos das personagens principais, o que antes parecia menosprezar essa linguagem, em “Shi Gan” ele supervaloriza.
O doutor insiste, mas ela...

“Time” é uma crítica áspera a essas tendências da estética, dessas buscas exageradas pela perfeita simetria e em alguns momentos até acusa as instituições, porém, depois deixa claro que a culpa é das pessoas com atitudes impensadas e complexos mau resolvidos. Um filme que brinca magistralmente com a arte da “camuflagem”, com o semblante familiar que os asiáticos possuem, nos deixando tontos (Risos!). Existem vários outros detalhes para muitas interpretações. 

SPOILER: como as edições de “Casa Vazia”; o parque de obras para maiores de idade e sem dúvida a cena da “máscara”, simbolizando o “amor contra a passagem do tempo”, mostrando tocantemente e contraditória o desespero, enquanto chorava por trás da fantasia, por fora ria com cinismo e deformidade, surreal. Um trabalho imperdível.

Resultado: Excelente!

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