8 de out. de 2011

O Iluminado (1980)

Título Original: The Shining
Ano: 1980
País: EUA
Diretor: Stanley Kubrick
Gênero: Terror, Suspense
Elenco:
Jack Nicholson (Jack Torrance)
Shelley Duvall (Winifred "Wendy" Torrance)
Danny Lloyd (Danny Torrance)
Scatman Crothers (Dick Hallorann)
Barry Nelson (Stuart Ullman)
Philip Stone (Delbert Grady)
Joe Turkel (Lloyd)
Anne Jackson (Doutora)
Tony Burton (Larry Durkin)
Barry Dennen (Bill Watson)

Opinião:
O iluminado mesmo foi o Jack Nicholson com sua performance insana, autodestrutiva e visceral, despertando para um realismo notável de uma pessoa profundamente perturbada e paradoxalmente carismática, sem dúvida, em “O Iluminado”, o Jack brilhou e roubou a cena de todo o elenco.
Shelley Duvall, mesmo bastante exigida e mau recebida pela crítica da época, fez bem o papel de uma mulher frágil e desesperada, sua beleza exótica em momentos de conflito só engrandeceu o filme. O garoto Danny Lloyd é outro que chama bastante atenção, não só pelo rosto angelical, mas também pela característica inocente e dotada que passou perfeitamente (talvez nem tivesse a intenção, pois é qualidade natural de crianças nessa fase, mesmo assim merece destaque, porque atuar não é fácil).
Até o próprio Hotel junto com a maravilhosa trilha sonora parecem ser personagens unidas e separadas em alguns instantes, sentimos que elas “falam” com o espectador e obviamente o cenário conversa com o elenco, bem evidente com o Jack. A música desse filme é grandiosa, hipnotizante, exibindo um genuíno clima tenso de mistério e terror.

Alguns detalhes que talvez incomodem essa obra do Stanley são alguns erros na cena (supostamente propositais), como o do helicóptero e da parte do machado na porta. Outro detalhe, que vai além das filmagens, é a questão racial que pode passar despercebida. CUIDADO, SPOILER: A morte do iluminado negro soou bem incoerente, logo ele que tinha os mesmos talentos do menino e por ser a única morte no filme. Por que justamente um negro? Até o nome da personagem é cômico (Dick = apelido em inglês do órgão sexual masculino). Ou seja, deram um papel importante a ele e depois saciaram o proconceito norte-americano, alimentando o prazer de ver um negro se dá mau. Enfim, foi só uma impressão, pode ser que tenha verdade no fundo.
Total exagero o Framboesa de Ouro de Pior Diretor a Stanley Kubrick, é difícil entender a razão dessa “vitória”, talvez por algumas razões citadas acima. Talvez a revolta do escritor Stephen King motivada pela falta de fidelidade do filme, pesou nas costas do cineasta. Felizmente as críticas pouco surtiram efeito, pois “O Iluminado” se tornou um dos maiores clássicos do Cinema.


Avaliação: Excelente!

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