4 de dez. de 2011

Os Amores de Uma Loira (1965)

Título Original: Lásky jedné plavovlásky
Ano: 1965
País: República Tcheca
Diretor: Milos Forman
Gênero: Comédia, Drama, Romance
Elenco:
Josef Sebánek (Pai da Milda)
Hana Brejchová (Andula)
Vladimír Pucholt (Milda)
Vladimír Mensík (Vacovský)
Ivan Kheil (Manas)
Milada Jezková (Mãe da Milda)
Josef Kolb (Pokorný)
Marie Salacová (Marie)
Jana Novaková (Jana)
Jarka Crkalová (Jaruska)
Tána Zalinková (Girl)
Zdena Lorencová (Zdena)
Jan Vostrcil (Colonel)
Jirí Hrubý (Burda)
Antonín Blazejovský (Tonda)


Opinião:

  Singelo, recreativo censor, agradável e desculpem pela expressão melosa frívola, muito gostoso de assistir. “Os Amores de Uma Loira” foi a obra que deixou conhecido no exterior o cineasta Milos Forman, autor do aclamado “Um Estranho no Ninho”, inclusive com esse seu aparente segundo longa-metragem, foi indicado a Oscar como Melhor Filme Estrangeiro em 1967. Os anteriores trabalhos do diretor são duvidosos, não pela qualidade, mas por serem desconhecidos, como "Lanterna magika II" e "Audition", bastante difíceis de serem encontrados em circulação, uma pena para quem aspira sondar a fundo o talento do Forman. Aliás, "Pedro, O Negro" é de 1964 e encontra-se disponível em Torrent.


  O bom de assistir fitas sem ler sinopse é que aumenta as chances de imprevisibilidade, passa a compreendê-las com alvura, avaliar como propriamente são, sem falsos julgamentos. Um filme que desde o começo e alguns minutos, nada promete, chegando a ser um tanto monótono e desencorajador, porventura pela música, que parecia ilustrar, talvez propositalmente, a candidez, fragilidade acolhedora e tédio da época. Entretanto, as coisas ganham rumo surpreendentemente agradável, cômico, crítico e envolvente, fazendo questão de tratar cada camada como complemento, que se desenvolve aos poucos, nos fazendo rir pela singeleza e familiaridade que cada uma delas apresenta, um sutil convite ao intercâmbio dos espectadores, cujo diálogo humorístico e inteligente nos mantêm descontraídos em todo o seu percurso. A premissa informal também serve como base para zombar, mesmo que levemente, o ritmo de vida das mulheres na República Tcheca, em Praga. Numa fase em que elas eram em quantidade enorme para cada homem e viviam aflitas pela busca do rapaz certo, como é bem patente, várias seguiam deprimidas por não terem sucesso no casamento. Alguns homens reconheciam essa situação e buscavam tirar proveito, principalmente das mais jovens e das mais carentes. Outro detalhe que me chamou a atenção foram as cenas de nudez, achei bastante expressivas para o tempo, inclusive nessas cenas criaram em mim um considerável desdém pela protagonista. Bom, assistam e vocês saberão.




  “Os Amores de Uma Loira” vale a pena ser visto por todas essas razões citadas. O final é lindo e com uma trilha que com certeza todos vocês já ouviram em algum lugar, representando muito bem o lúgubre do estado da mulher em função de um homem, tediosamente oxigenado.

Resultado: Excelente!

Nenhum comentário:

Postar um comentário